quarta-feira, 7 de junho de 2006

O que é o mercado financeiro atual?

Conclusão de artigo de José Paulo Kupfer sobre a loucura que está a economia no dia-a-dia por causa do comportamento do mercado financeiro global.

Faz tempo os mercados financeiros descolaram da realidade econômica. Podem manter um pezinho nela, mas o parentesco de seu funcionamento com o que ocorre entre compradores e vendedores de bens e serviços, no mundo real, é cada vez mais distante. A tecnologia propriamente dita e a tecnologia especificamente financeira estão produzindo uma revolução nos mercados de ativos ainda não entendida – e dominada – por inteiro.

O mundo financeiro, conectado pela internet, não tem noite nem dia, sábado, domingo ou feriado. Opera 24 horas por dia, sete dias por semana, surfando nos fusos horários e nas diferentes tradições locais para folgas e horários de funcionamento. Mais globalizado do que qualquer outro, o mercado financeiro não conhece fronteiras nacionais. É possível aplicar dinheiro em qualquer coisa para a qual existam interessados em comprá-la e vendê-la, onde quer que tal mercado funcione, esteja onde estiver o investidor.

Há uma lógica econômica na loucura toda, mas, noves fora alguns princípios clássicos do funcionamento dos mercados, o resto é arbitragem de taxas de juros e, como nos cassinos, cálculo de probabilidades. Não é à toa que o mercado financeiro não é mais um lugar de trabalho cativo de economistas. Estes, coitados, em geral não sabem tanta matemática quanto engenheiros e matemáticos puros. E ser craque em modelos matemáticos de previsão é o principal requisito de recrutamento dos novos talentos.

Artigo completo em
Crioulo doido na economia, 31/05/2006

terça-feira, 6 de junho de 2006

um blog legal de militante na economia solidária

http://miani.codigolibre.net/

Hoje só deu tempo de navegar um pouco.

Boa noite!

segunda-feira, 5 de junho de 2006

A economia solidária pode substituir a economia capitalista?

Os poucos autores que se aventuram nesta seara e as experiências práticas em curso no país parecem não serem capazes de responder a esta pergunta.

Seria a organização solidária inferior e menos produtiva do que a organização capitalista? A resposta passa por assumir que nenhuma das características capitalistas necessita estar ausente da organização solidária, basta (talvez) mudar o nome do "lucro" para "sobras", e, por consequência, a forma de agir com as sobras.

Nosso colega Francisco Trindade considera-a inferior e credita à incapacidade de tomar decisões coletivas com competência. Todos os grupos precisam de um "chefe" na hora de tomar decisões quando se sentem ameaçados. E remete o estudo do fracasso deste tipo de organização ao campo da sociologia e das relações humanas.

Pelo sim, pelo não, os princípios capitalistas de competitividade (com a devida mudança de nome do lucro) aliados aos princípios solidários e de colaboração devem coexistir no empreendimento solidário, e até que a prática da tomada de decisões coletivas seja comum, muitas dificuldades estarão a vista.

Com isto em mente, penso eu, que para sairmos do tipo de empreendimento solidário que vemos hoje no país (quase que totalmente baseado e voltado para os "excluídos"), temos que projetar novos empreendimentos em atividades em que a empresa capitalista existe, num determinado local ou cidade, mas sofre de pelo menos um deste problemas: incerteza da demanda, alta variabilidade da qualidade dos produtores, concorrência externa. Estou investigando ... até breve.
Leia mais no meu Wiki, link ao lado.

sábado, 3 de junho de 2006

Transferindo o meu blog da Economia Solidária

Estou transferindo o meu blog de Economia Solidária para cá. Há tempo que eu queria colocá-lo de forma mais estruturada.

Então, hoje iniciei um wiki: http://ricardomendesjr.jot.com/WikiHome

Os posts do antigo blog eu vou passar para este blog, com as mesmas datas. Novos posts sobre economia solidária continuaram vindo pra cá. O sítio wiki apenas vai conter textos, artigos e propostas mais bem elaborados.

Ah! Também vou passar pra cá os posts do meu blog de corredor de rua (weblogger, preciso achá-lo) e novos posts sobre esse assunto também. No momento estou sem correr por causa da cirurgia de desvio de septo no nariz, e essa virose dos últimos 3 dias.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

Secretário de estado decreta fim da política de balcão na assistência

Secretário de estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Emerson Nerone, decreta fim da política de balcão na assistência social...

"A assistência social historicamente é um balcão de negócios entre políticos. Nós estamos fechando as portas para esse tipo de política e centrando forças na estruturação de planos em que o Estado só vai co-financiar aquilo que for próprio e de obrigação do Estado, e definido como política estadual e não como política de balcão",

Está no site da secretaria (http://www.setp.pr.gov.br/setp/imprensa/index.php?chave=760*41*6902&id=21)

Comentários: primeiro, ratificou o que todos já sabiam. segundo, temos como acompanhar e cobrar? Pela Internet impossível, os sites estão desatualizados.

Como distribuir os recursos

No modelo atual (em todos os países, eu penso), o governo recolhe parte da renda dos cidadãos e das empresas (que são os cidadãos que pagam) para então suprir as necessidades básicas de educação e saúde. No Brasil a maior parte dos impostos recolhidos vão para a União, e parte destes são repassadas de volta para estados e municípios. E a estrutura administrativa do governo em boa parcela existe para arrecadar, distribuir ou gastar estes impostos. Suponho que este modelo seja um modelo de sucesso em outros países, mas por dois motivos o modelo tem diferença quando aplicado ao Brasil: 1) o tamanho da maioria dos países é muito menor que o nosso, o que torna a união muito maior que os estados e municípios; 2) o modelo requer crescimento econômico constante, o que também é melhor administrado em países de menores dimensões, principalmente na economia globalizada. Desta forma formulamos várias hipóteses e suas conclusões.

Hipótese 1: se o imposto circular menos, menores são as chances de disperdícios e corrupção.

Conclusão: falta ainda.