terça-feira, 26 de dezembro de 2006

O milagre do Natal

nomínimo - coluna de economia (econominimo) por José Paulo Kupfer

Para que serve a economia? Para aumentar PIBs, reduzir déficits públicos, cortar juros, manter a estabilidade monetária, garantir superávits comerciais e reservas cambiais a qualquer custo?

Nada disso. A economia serve – ou deveria servir – para ajudar os homens a conquistar e garantir, de modo duradouro, a paz na Terra.

Como? Não só indicando, diante da escassez, o melhor modo de produzir casa, comida e agasalhos para todos. Mas também assegurando a todos as oportunidades de acesso a esses bens essenciais e aos demais bens e serviços que ajudem a fazer da aventura de viver uma experiência criativa, decente e digna.

O Natal nos lembra que o nascimento de cada ser é também a metáfora da renovação cotidiana da esperança na capacidade humana de viver num mundo de justiça e de paz. Acreditem, esse é o grande milagre ao nosso alcance.

Feliz Natal!


quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

mercado, concorrentes, preço e desperdícios

Foi-se o tempo... em que o mercado era restrito, com poucos concorrentes, e que a margem de retorno sobre os preços absorvia eventuais falhas e desperdícios nos processos produtivos.

quinta-feira, 23 de novembro de 2006

Uma filosofia para a tecnologia da informação, os modos de produção e o homem no século 21 (v1.0)

Uma filosofia para a tecnologia da informação, os modos de produção e o homem no século 21

Curitiba, 21 de novembro de 2006.

Por enquanto um copiar-colar de textos sobre tecnologia da informação, economia e mercado global, produção e filosofia.

Apenas a última parte é inédita – Consideração final, com algumas conclusões as quais não estão bem demonstradas - ainda!

Ricardo Mendes Junior. (Curitiba, 1958-) Analista de sistemas, Engenheiro Civil, Professor de Ensino Superior, Pesquisador em Desenvolvimento Tecnológico, Doutor em Engenharia de Produção e Sistemas.

A tecnologia da informação e o mercado global

Do telégrafo à Internet, toda nova tecnologia de comunicação acena com a promessa de reduzir distancia entre as pessoas, de aumentar o acesso à informacao, de nos aproximar cada vez mais do sonho de um mercado global de eficiência perfeita e sem restrições (entre nações). Todas as vezes em que isto ocorreu a sociedade, com urgência renovada, colocou-se o mesmo questionamento, e coloca agora novamente: até que ponto devemos nos omitir, "dançar conforme a musica" e fazer todo o possível para eliminar ainda mais ineficiências, ou remar contra a corrente e nos apegarmos a valores que os mercados globais não nos podem proporcionar?

Com a convergência de três fatores: (1) mercado (campo de jogo) global mediado pela web, (2) as novas práticas empresariais surgidas no mercado global e (3) a entrada para o mercado de novos indivíduos antes isolados e agora conectados pela web, teremos uma modificação no modo de os indivíduos se prepararem para o trabalho, de as empresas competirem, de os países organizarem suas economias e geopolíticas. Assistiremos a uma reestruturação. O modelo de criação de valor eminentemente vertical (baseado no comando e controle, hierarquias), até então predominante no mundo, começa a ser substituído por outro cada vez mais horizontal (de interconexão e colaboração). E não só as empresas são afetadas. Tudo o mais sofre as conseqüências: o modo de comunidades e empresas se definirem, como os indivíduos equilibram suas diferentes identidades de consumidores, funcionários, acionistas, cidadãos, qual o papel a ser desempenhado pelo governo. Tudo isso terá de se reconfigurar.

O que estamos fazendo

Citando na íntegra [1] texto de um filósofo:

[1] Com algumas palavras substituídas e que vou identificar após a citação.

"Todas as relações fixas, seguras, cristalizadas, com sua comitiva de antigos e veneráveis preconceitos e opiniões, são varridas, e aquelas recém-constituídas tornam-se obsoletas antes mesmo de se ossificarem. Tudo o que é sólido desmancha no ar, tudo aquilo que é sagrado é profanado, e o homem finalmente se vê compelido a encarar, com sobriedade, suas verdadeiras condições de vida e suas relações com seus pares. A necessidade de um mercado em constante expansão para seus produtos atormenta a sociedade civil em todo o planeta. Ela precisa imiscuir-se por toda parte, estabelecer-se em todos os lugares, forjar elos por todo lado. A exploração do mercado mundial pelas empresas permitiu-lhe conferir um caráter cosmopolita à produção e ao consumo em todos os paises, e, para profundo dissabor dos reacionários, ela puxou debaixo dos pés da indústria as bandeiras nacionais sobre as quais se erguia. Todas as indústrias nacionais ancestrais foram destruídas ou sofrem assaltos diários e vêem-se desalojadas por outras novas, cuja introdução se torna uma questão de vida ou morte para todas as nações civilizadas; por outras que já não utilizam matérias-primas locais, mas provenientes das mais remotas plagas; indústrias cujos produtos são consumidos não só em casa, mas em todos os cantos do planeta. Em vez dos antigos desejos, atendidos pela produção do país, deparamo-nos com novos anseios, para cuja satisfação se fazem necessários produtos de terras e climas distantes. Em vez do velho isolamento e auto-suficiência nacionais, temos o intercurso em todos os sentidos, a interdependência universal das nações. E, assim como no âmbito da produção material, também na esfera intelectual. As criações intelectuais de diferentes países tornam-se propriedade comum. A unilateralidade e a intolerância são cada vez mais inviáveis, e do sem-número de literaturas nacionais e locais emerge uma literatura mundial.

A sociedade global - burguesa, mediante o rápido aprimoramento de todos os instrumentos de produção, mediante os meios de comunicação imensamente facilitados, arrasta todas as nações, mesmo as mais bárbaras, para a civilização. Os baixos preços dos bens compõem a artilharia pesada com que ela derruba todas as Muralhas da China, com que força o obstinadíssimo ódio dos bárbaros aos estrangeiros a capitular. Ela compele todas as nações, sob pena de extinção, a adotar o modo de produção global; compele-as a introduzir em seu meio o que ela denomina de civilização, isto é, a se tornarem, elas mesmas, burguesas. Numa palavra, a burguesia cria um mundo à sua própria imagem e semelhança.

Difícil acreditar que este texto é de 1848, escrito por Marx.

As palavras substituídas foram: sociedade civil, normalmente traduzida como burguesia, mas que em alemãoo a mesma expressão (bürgerliche Gesellschaft (Santos, 2006); pelas empresas, onde seria "pela burguesia", para melhor representar o contexto atual (ou iludir o leitor!); sociedade global, também como burguesia – neste ponto introduzi o termo burguesia porque não tinha como evitar; produção global, onde seria produção burguesa, novamente para melhor representar o contexto atual.

A contribuição histórica de Marx

Como contraponto ao capitalismo, surgido no século 15 e com seu auge no século 19, e em decorrência do início da excludencia econômica e social que já era notória, surgiram no século 19 algumas correntes de pensamento com formulacoes filosóficas e econômicas importantes. Esse século foi, assim, marcado por grande efervescência intelectual, destacando-se importantes correntes de pensamento como, por exemplo, o idealismo de Friedrich Hegel (1770-1831), o socialismo utópico de Owen, Furier, Proudhon, o socialismo cientifico/comunismo de Marx e Engels, o anarquismo de Bakunin, etc.

Karl Marx, historiador, filósofo e economista, desenvolveu uma obra que conjugou magistralmente esses três ramos do pensamento humano e consubstanciou uma teoria que revolucionou as ciências sociais, econômicas e políticas e cujos fundamentos permanecem em grande parte validos até hoje. Os ideais socialistas já existiam antes de Marx. Com base na filosofia hegeliana e nesses ideais, ele partiu para a formulação do seu socialismo científico, mais conhecido como marxismo, mediante a negação da dialética do socialismo romântico. O produto mais acabado da teoria desenvolvida por Marx e seu amigo e parceiro Friedrich Engels (1820-1895) foi a teoria do comunismo, publicado em O Manifesto Comunista em 1848.

A face mais conhecida de Marx é indubitavelmente a de "economista" e sua obra mais conhecida é O capital, publicado em 1849. Contudo, Marx teve inicialmente formação de jurista e filosofo, e é isso que à primeira vista parece credenciá-lo como "filósofo" e de cujas idéias se pode falar. Mas essa percepção é equivocada. É justamente a descida de Marx às coisas da terra, às questões materiais que vai pô-lo como um filosofo de grande estatura e cuja "filosofia" não se pode ignorar.

No entanto, na verdade, a filosofia de Marx se constitui numa antifilosofia. Marx mostrou isso em duas pequenas obras: Teses sobre Feuerbach (1845) e A ideologia alemã (1846). O primeiro trata-se de 11 teses, algumas das quais sob a forma de aforismas, que preenchem sumarias quatro paginas e que se encerram com o seguinte e famoso mote: "Os filósofos se limitaram a interpretar o mundo de diferentes maneiras. O que importa é transformá-lo".

Na segunda obra, Marx conceituou o materialismo histórico (em contraposicao ao materialismo então existente), com o conceito de modo de produção:

"Pode-se distinguir os homens dos animais pela consciência, pela religião ou por tudo o que se queira. Mas eles próprios começam a se diferenciar dos animais tao logo começam a produzir seus meios de vida (o primeiro ato histórico dos homens, pelo qual se distinguem dos animais não é o fato de pensar, mas o de produzir seus meios de vida). (...) O modo pelo qual os homens produzem seus meios de vida depende, antes de tudo, da natureza dos meios de vida já encontrados e que têm de reproduzir. Não se pode considerar tal modo de produção de um único ponto de vista, a saber: a reprodução da existência física dos indivíduos. Trata-se muito mais de (...) determinada forma de manifestar sua vida, determinado modo de vida dos mesmos.

Para Marx as relações jurídicas, tais como formas de Estado, não podem ser compreendidas nem a partir de si mesmas, nem a partir do assim chamado "desenvolvimento geral do espírito humano", mas que, pelo contrario, elas se enraízam nas relações materiais da vida, e observa ainda que a anatomia da sociedade burguesa deve ser buscada na economia política.

No prefácio de Para a crítica da economia política (1858-59) Marx vai chegar à forma final do conceito de modo de produção: "Na produção social da própria vida, os homens contraem relações determinadas, necessárias e independentes de sua vontade, relações de produção estas que correspondem a uma etapa determinada de desenvolvimento de suas forças produtivas materiais. A totalidade destas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta a superestrutura jurídica e política e à qual correspondem formas determinadas de consciência. O modo de produção da vida material condiciona o processo em geral de vida social, político e espiritual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, mas, ao contrario, é o seu ser social que determina sua consciência".

Partindo do pressuposto de que o homem é um animal social, a produção da vida é para Marx um processo sempre social. Os homens, ao desenvolverem sua produção material e seu intercambio material, transformam também, com esta sua realidade, seu pensar e os produtos de seu pensar. o é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência. (...) As frases ocas sobre a consciência cessam, e um saber real deve tomar o seu lugar. A filosofia autônoma perde, com a exposição da realidade, seu meio de existência.

Por isso a filosofia de Marx é uma antifilosofia.

No pensamento econômico essa constatação leva a Marx a afirmar que o homem da sociedade da livre concorrência não é um ser a priori, um ideal que teria existido antes, e que criou a sociedade burguesa (como afirmaram Smith e Ricardo, economistas do século 18). Mas sim um produto, por um lado, da decomposição das formas feudais de sociedade e, por outro, das novas formas de produção que se desenvolvem a partir do século 16.

Na sociedade moderna o individuo isolado e independente, proprietário, livre e soberano, é uma ilusão e assimila essa ilusão à natureza do homem enquanto tal. Mas, ao contrario, esse homem é um produto da igualdade jurídica e da generalização da propriedade privada, com o advento desta sociedade moderna e da afirmação do modo capitalista de produção.

Consideração final

Se a tecnologia da informação criar uma nova estrutura de relações de produção entre as pessoas, como mostrado inicialmente, esta estrutura dará mais valor à colaboração do que à competição. Um exemplo disto, hoje em dia, são as comunidades que desenvolvem software livre.

Tendo como hipótese estas idéias de Marx, conclui-se (?) que poderemos ter como conseqüência a formação de um novo homem social. Um homem mais colaborativo, solidário, liberto de idéias como direitos autorais, direito de propriedade, etc. Este novo homem formará uma nova sociedade aonde os bens e os recursos são do planeta e devem ser explorados em modos de produção que mantenha o planeta em equilíbrio – um modo de produçã o sustentável.

Karl Marx

Tréveris (Alemanha), 5 de maio de 1818 – Londres, 14 de março de 1883

Portanto produziu os textos citados entre os 27 e 41 anos. Casou-se aos 25. Teve cinco filhos com sua esposa, dos quais três morreram na infância. Sua vida sempre foi em péssimas condições financeiras (o que deve ter causado a morte dos seus filhos), mas procurou casar bem suas filhas, inclusive proibindo uma delas de casar-se com um revolucionário comunista francês. Teve um filho fora do casamento, o qual arranjou para que fosse reconhecido como filho por Engels.

Segundo Engels em discurso quando da morte de Marx, Marx foi o homem mais odiado e mais caluniado de seu tempo. Mas ele não tomava conhecimento das difamações, só respondendo quando a necessidade extrema o compelia a tal. E morreu amado, reverenciado e pranteado por milhões de pessoas, e embora, possa ter tido muitos adversários, não teve nenhum inimigo pessoal.

Bibliografia

Os pensadores um curso. Mario Vitor Santos (Org.) Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2006

E se o capitalismo acabasse? Ensaio para um sistema sóciopolítico e econômico que exercita a democracia e recupera a essencialidade humana. L. C. Correa Soares. Curitiba: O Autor: 2001.

O mundo é plano: uma breve historia do século XXI. Thomas Friedman, tradução de Cristiana Serra e S. Duarte. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.

Karl Marx. Wikipédia, a enciclopédia livre. http://pt.wikipedia.org/wiki/Karl_Marx.

quarta-feira, 7 de junho de 2006

O que é o mercado financeiro atual?

Conclusão de artigo de José Paulo Kupfer sobre a loucura que está a economia no dia-a-dia por causa do comportamento do mercado financeiro global.

Faz tempo os mercados financeiros descolaram da realidade econômica. Podem manter um pezinho nela, mas o parentesco de seu funcionamento com o que ocorre entre compradores e vendedores de bens e serviços, no mundo real, é cada vez mais distante. A tecnologia propriamente dita e a tecnologia especificamente financeira estão produzindo uma revolução nos mercados de ativos ainda não entendida – e dominada – por inteiro.

O mundo financeiro, conectado pela internet, não tem noite nem dia, sábado, domingo ou feriado. Opera 24 horas por dia, sete dias por semana, surfando nos fusos horários e nas diferentes tradições locais para folgas e horários de funcionamento. Mais globalizado do que qualquer outro, o mercado financeiro não conhece fronteiras nacionais. É possível aplicar dinheiro em qualquer coisa para a qual existam interessados em comprá-la e vendê-la, onde quer que tal mercado funcione, esteja onde estiver o investidor.

Há uma lógica econômica na loucura toda, mas, noves fora alguns princípios clássicos do funcionamento dos mercados, o resto é arbitragem de taxas de juros e, como nos cassinos, cálculo de probabilidades. Não é à toa que o mercado financeiro não é mais um lugar de trabalho cativo de economistas. Estes, coitados, em geral não sabem tanta matemática quanto engenheiros e matemáticos puros. E ser craque em modelos matemáticos de previsão é o principal requisito de recrutamento dos novos talentos.

Artigo completo em
Crioulo doido na economia, 31/05/2006

terça-feira, 6 de junho de 2006

um blog legal de militante na economia solidária

http://miani.codigolibre.net/

Hoje só deu tempo de navegar um pouco.

Boa noite!

segunda-feira, 5 de junho de 2006

A economia solidária pode substituir a economia capitalista?

Os poucos autores que se aventuram nesta seara e as experiências práticas em curso no país parecem não serem capazes de responder a esta pergunta.

Seria a organização solidária inferior e menos produtiva do que a organização capitalista? A resposta passa por assumir que nenhuma das características capitalistas necessita estar ausente da organização solidária, basta (talvez) mudar o nome do "lucro" para "sobras", e, por consequência, a forma de agir com as sobras.

Nosso colega Francisco Trindade considera-a inferior e credita à incapacidade de tomar decisões coletivas com competência. Todos os grupos precisam de um "chefe" na hora de tomar decisões quando se sentem ameaçados. E remete o estudo do fracasso deste tipo de organização ao campo da sociologia e das relações humanas.

Pelo sim, pelo não, os princípios capitalistas de competitividade (com a devida mudança de nome do lucro) aliados aos princípios solidários e de colaboração devem coexistir no empreendimento solidário, e até que a prática da tomada de decisões coletivas seja comum, muitas dificuldades estarão a vista.

Com isto em mente, penso eu, que para sairmos do tipo de empreendimento solidário que vemos hoje no país (quase que totalmente baseado e voltado para os "excluídos"), temos que projetar novos empreendimentos em atividades em que a empresa capitalista existe, num determinado local ou cidade, mas sofre de pelo menos um deste problemas: incerteza da demanda, alta variabilidade da qualidade dos produtores, concorrência externa. Estou investigando ... até breve.
Leia mais no meu Wiki, link ao lado.

sábado, 3 de junho de 2006

Transferindo o meu blog da Economia Solidária

Estou transferindo o meu blog de Economia Solidária para cá. Há tempo que eu queria colocá-lo de forma mais estruturada.

Então, hoje iniciei um wiki: http://ricardomendesjr.jot.com/WikiHome

Os posts do antigo blog eu vou passar para este blog, com as mesmas datas. Novos posts sobre economia solidária continuaram vindo pra cá. O sítio wiki apenas vai conter textos, artigos e propostas mais bem elaborados.

Ah! Também vou passar pra cá os posts do meu blog de corredor de rua (weblogger, preciso achá-lo) e novos posts sobre esse assunto também. No momento estou sem correr por causa da cirurgia de desvio de septo no nariz, e essa virose dos últimos 3 dias.

quinta-feira, 1 de junho de 2006

Secretário de estado decreta fim da política de balcão na assistência

Secretário de estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Emerson Nerone, decreta fim da política de balcão na assistência social...

"A assistência social historicamente é um balcão de negócios entre políticos. Nós estamos fechando as portas para esse tipo de política e centrando forças na estruturação de planos em que o Estado só vai co-financiar aquilo que for próprio e de obrigação do Estado, e definido como política estadual e não como política de balcão",

Está no site da secretaria (http://www.setp.pr.gov.br/setp/imprensa/index.php?chave=760*41*6902&id=21)

Comentários: primeiro, ratificou o que todos já sabiam. segundo, temos como acompanhar e cobrar? Pela Internet impossível, os sites estão desatualizados.

Como distribuir os recursos

No modelo atual (em todos os países, eu penso), o governo recolhe parte da renda dos cidadãos e das empresas (que são os cidadãos que pagam) para então suprir as necessidades básicas de educação e saúde. No Brasil a maior parte dos impostos recolhidos vão para a União, e parte destes são repassadas de volta para estados e municípios. E a estrutura administrativa do governo em boa parcela existe para arrecadar, distribuir ou gastar estes impostos. Suponho que este modelo seja um modelo de sucesso em outros países, mas por dois motivos o modelo tem diferença quando aplicado ao Brasil: 1) o tamanho da maioria dos países é muito menor que o nosso, o que torna a união muito maior que os estados e municípios; 2) o modelo requer crescimento econômico constante, o que também é melhor administrado em países de menores dimensões, principalmente na economia globalizada. Desta forma formulamos várias hipóteses e suas conclusões.

Hipótese 1: se o imposto circular menos, menores são as chances de disperdícios e corrupção.

Conclusão: falta ainda.

segunda-feira, 24 de abril de 2006

Economia Solidária dissemina “moeda social” nos clubes de trocas

Notícia do sítio do Ministério do Trabalho e Emprego'
http://www.mte.gov.br/Noticias/Conteudo/11093.asp

Economia Solidária dissemina “moeda social” nos clubes de trocas

Brasília, 18/04/2006 – Os clubes de trocas – ou feira de troca solidária – estão se tornando cada vez mais comum nos encontros de Economia Solidária. Nesses espaços, os pequenos empreendedores disponibilizam uma grande variedade de produtos para comércio, utilizando para isso as chamadas “moedas sociais”.

“Esses clubes de troca são uma forma dos empreendedores escoarem sua produção e não voltarem para casa com produtos, e sim com moedas sociais que podem ser utilizadas em outras feiras de trocas”, explica Carlos Henrique de Castro, do Fórum de Economia Solidária de São Paulo e que participa da organização desses clubes de trocas no estado.

Esses espaços de trocas com “moedas sociais” já são uma constante nas várias feiras realizadas nos estados, com destaque para o “Mate”, utilizado na feira de Santa Maria (RS); o “Pinhão”, muito usado no Paraná, onde existem cerca de 26 clubes de troca; o “Palmas”, que é bastante usado em feiras no Nordeste; e o “Txai”, que serviu de moeda durante o Fórum Social Mundial ano passado em Porto Alegre (RS).

Em São Paulo, durante a I Mostra de Cultura e Economia Solidária, a moeda da vez foi o “Eco-Sampa”. Na I Feira Nacional de Economia Solidária, em São Paulo, participaram sócios de clubes de trocas de todo o país, mas essa participação está aberta para qualquer pessoa.

“Desejamos que um maior número de pessoas ligadas a clubes de trocas, e também aos empreendimentos solidários, tenha acesso ao espaço das feiras de trocas”, diz Castro.

Nesses clubes, a moeda corrente não é o Real. A relação é apenas do valor de face, ou seja, uma “moeda social” vale um real. Mas não podem ser trocadas por real, somente por produtos ou serviços oferecidos no evento.

Em qualquer negociação, os produtos e serviços são trocados ou negociados em “moeda social”.

Assessoria de Imprensa do MTE
(61) 3317-6394/3317-6540 – acs@mte.gov.br