Os poucos autores que se aventuram nesta seara e as experiências práticas em curso no país parecem não serem capazes de responder a esta pergunta.
Seria a organização solidária inferior e menos produtiva do que a organização capitalista? A resposta passa por assumir que nenhuma das características capitalistas necessita estar ausente da organização solidária, basta (talvez) mudar o nome do "lucro" para "sobras", e, por consequência, a forma de agir com as sobras.
Nosso colega Francisco Trindade considera-a inferior e credita à incapacidade de tomar decisões coletivas com competência. Todos os grupos precisam de um "chefe" na hora de tomar decisões quando se sentem ameaçados. E remete o estudo do fracasso deste tipo de organização ao campo da sociologia e das relações humanas.
Pelo sim, pelo não, os princípios capitalistas de competitividade (com a devida mudança de nome do lucro) aliados aos princípios solidários e de colaboração devem coexistir no empreendimento solidário, e até que a prática da tomada de decisões coletivas seja comum, muitas dificuldades estarão a vista.
Com isto em mente, penso eu, que para sairmos do tipo de empreendimento solidário que vemos hoje no país (quase que totalmente baseado e voltado para os "excluídos"), temos que projetar novos empreendimentos em atividades em que a empresa capitalista existe, num determinado local ou cidade, mas sofre de pelo menos um deste problemas: incerteza da demanda, alta variabilidade da qualidade dos produtores, concorrência externa. Estou investigando ... até breve.
Leia mais no meu Wiki, link ao lado.
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